e̶r̶a̶  ̶d̶a̶s̶  ̶f̶r̶a̶g̶i̶l̶i̶d̶a̶d̶e̶s

A obra "Me arranco de mim" trata sobre o processo de autoconhecimento imposto pelo confinamento causado pela pandemia do novo coronavírus. Num momento onde a observação para dentro de si é a única possível, é inevitável sentir que nosso subconsciente está na superfície e obriga-nos enxergar a nós mesmos de maneira desconhecida e incontrolável. O trabalho reflete sobre como a passagem dos dias é percebida de forma embaralhada, percepção dependente dos fatores externos e dos acasos, dos quais não temos controle, e sobre como o pensamento não é guiado pela linearidade do calendário ou do relógio. A sorte, ou o destino, que nos impõe o novo desafio de viver isolado e de conviver com si próprio são retratados na obra. A borda branca presente na adaptação digital da obra é importante para auxiliar o observador a perceber a existência de dois elementos distintos conectados pelas linhas de crochê.